terça-feira, 6 de junho de 2023

Arboviroses precisam de exames laboratoriais para diagnóstico preciso


Arboviroses são doenças causadas por vírus (arbovírus) transmitidos por meio da picada de mosquitos, principalmente fêmeas. Elas são bem conhecidas e levam milhares de pessoas anualmente aos hospitais e prontos-socorros, em todo o país. Estamos falando da Dengue, Zika e Chikungunya, três arboviroses que são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um crescimento de 30% no número de casos de arboviroses, no ano de 2023 em relação ao ano passado no país. No Maranhão, de janeiro a abril deste ano, já foram registrados 3,1 mil novos casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 24,95% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a Zika, em comparação com o mesmo período de 2022, alcançou a marca de 34 casos prováveis para 113, enquanto a Chikungunya aumentou de 783 casos prováveis para 1,1 mil casos.

Shirley Barbosa da Fonseca, biomédica e analista clínica do Laboratório Lacmar, explica quais os exames laboratoriais que devem ser feitos em caso de suspeita de uma das arboviroses, e alerta para um fator importante a ser observado e que pode complicar o diagnóstico precoce dessas doenças.

“Por terem sintomas inespecíficos, as arboviroses apresentam sinais similares a uma variedade de outras doenças; o que pode confundir o paciente. Somente com a realização de exames laboratoriais é que se pode chegar a um diagnóstico preciso. Esses exames são a pesquisa de anticorpos (IGM e IGG) específicos ou pela detecção do genoma viral, mais conhecido como RTPCR (PCR em tempo real). O RTPCR deve ser realizado do primeiro ao quinto dia dos sintomas e, para a detecção dos anticorpos, deve ser feito a partir do sexto dia”, acrescenta Shirley.

“O risco de não fazer os exames laboratoriais indicados é não diagnosticar essas arboviroses de forma correta e tratar de forma errada os sintomas. E assim, o paciente pode evoluir por exemplo, para uma dengue hemorrágica, o que poderá causar sequelas”, lembra a analista clínica do Laboratório Lacmar.

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